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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Depois de tanta água hoje nem banho eu vou tomar!

Hoje tive um retorno emocionado do trabalho... Sai eram umas 18:30 (talvez um pouquinho mais), e o mundo estava acabando em água no Brooklin, mas tinha acabado de começar o fim, então eu achei que dava tempo de chegar em casa pra dar tchau pros gatinhos, e sai de lá msm assim. Pensei: "vou pela JK, pq lá nunca enche". Trabalhei no Itaim 7 anos, e posso dizer com segurança que conheço a JK, lá não deveria (palavra chave da sentença!) encher!

Chegando na Funchal comecei a me arrepender de ter saído, eu que odeio limpador de pára-brisa me peguei procurando por uma velocidade a mais! As pessoas andavam amedrontadas na diagonal (o que é particularmente pior do que o normal), e tinha tanta água que dependendo de onde os carros passavam jogavam aquela água que impossibilita totalmente a visão. Tinha carro fazendo conversão proibida, mas eu preferi stick to my plan do que desviar do caminho, ir pra onde os demais estavam indo não parecia particularmente melhor do q pra onde eu estava indo.

Enquanto trafegava pela Funchal msm o medo começou a se estabelecer, eu já tinha sacado que não dava pra dimensionar a profundidade das poças, aquaplanar era o q os carros estavam fazendo 10 minutos, e 10 cms de água antes, e só tinha EU e um táxi atrás de mim, nenhum lugar seguro pra ir. Segui em frente, afinal, a JK era logo ali! Cheguei na JK (ufa! mas nem tanto), chovia muito animalmente, eu que costumo ir rápido estava a 40 por hora (me perguntando se não era muito rápido), com as duas mãos no volante, e tensa.

Comecei a pensar que eu podia ir pro Extra, quando parei no semáforo liguei pra minha mãe pra pedir que verificasse se os túneis não tinham inundado de novo, mas não sem antes tentar abaixar o volume da chuva no botão de volume do rádio do carro. Era MUITA água, e eu comecei a pensar que qq coisa eu podia subir no capô do carro, que eu não podia trocar de marcha no meio das poças, que eu não sabia se meu seguro cobria enchentes, e que processar a prefeitura ia dar um trabalho do cão... Quando chegou no momento que eu poderia desviar pra ir pro Extra, a faixa da direita que me levaria pra lá estava cheia de água, as pessoas fugiam dela!

Antes dos túneis vc pode ir pra muitos lugares, mas nenhum lugar parecia bom, pq eu particularmente prefiro a desgraça que eu já conheço do que começar a desviar, e ir parar onde eu não poderia passar msm. Pensei em entrar na Harley, tinha um lugarzinho mais alto, mas tb era do outro lado da avenida, teria que passar pela faixa alagada, e ver o lugar que "nunca enche" com toda aquela água foi comprimindo o meu peito. Como não tinha muito o que fazer, fui seguindo em frente, se a budega estivesse cheia d'àgua a CET (que estava por lá) não deixaria os carro seguir em frente (assumo). O primeiro túnel estava joinha, aí lá veio o segundo, e segui a msm lógica, se encher o povo que tá na frente descobre (não tinha pra onde correr, desesperador!).

Saindo do segundo túnel (apesar de ser perigoso, a ausência de água faz vc querer total ficar lá embaixo!), liguei pra minha mãe, só q nesse exato instante estou passando por baixo de uma das pontes da Senna Madureira e vejo que se formou um rio no lugar onde antes existia asfalto, por um rabo desgraçado meu pedaço de asfalto tinha menos água. Já estava mais calma pq estava perto de casa, e pq estava subindo ladeira acima, e a água gosta de ir pra baixo, logo alto é bom! Mais algumas viradas quase subaquáticas e chego no yôga, que medo do caralho, pensei horrores em como o tiozinho da van do estacionamento estava certo, e em como eu deveria ter ficado no trabalho...

Em especial fiquei com medo pq eu em geral não fico com medo, não com aquela apreensão no peito que foi subindo, e subindo... e se eu estava com medo, então era pq era pra estar com medo msm.

É rafting em SP agora é de graça!

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