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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um crime americano

Não importa quantas histórias eu escute, leia, ou até mesmo eventualmente um dia venha a presenciar (não anseio de forma alguma por isso), pra mim de todas as demências humanas as coletivas são as mais difíceis de compreender. Não, por exemplo, o que aconteceu contra os pagãos,  é mais fácil odiar, ou torturar toda uma categoria, você desumaniza os indivíduos, no entanto aquelas que envolvem diversos monstros reunidos na tortura sem fim, e indescritível de uma menina por meses, simplesmente não entra na minha cabeça. Reside naquele pedaço do mundo que parece de mentira, eu vejo as imagens, leio as palavras, mas elas sempre soam como coisas de algum outro mundo, outro lugar distante daqui. 

O filme que dá título a esse post é leve em comparação ao que eu li no wikipedia, não me deixou chocada, mas sempre me traz uma GIGANTESCA pausa pensar, como NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM, em 10 ou 20 pessoas de uma escola, família, bairro, se envolvem num processo de tortura tão longo, e em NENHUM momento NINGUÉM sentiu na alma como aquilo era tão PROFUNDA, e indescritivelmente errado, como NINGUÉM fez UMA ligação anônima para a polícia. Não existe medo que supere o horror de presenciar um centésimo do que ocorreu com essa menina para justificar qualquer tipo de cumplicidade ou passividade. No entanto, saber que existem grupos de pessoas que podem fazer isso sem maiores problemas, ou o mais pálido sentimento de culpa ou dor na consciência não me assusta. Me aterroriza. 

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