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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"Situação Santo André" motivo de vergonha, choque e medo

Ao mesmo tempo me assusta, e me abisma o tamanho da incompetência dos responsáveis pela nossa segurança (sejam eles quem forem!).


Não tem uma alma viva que não esteja sabendo do caso do ex-namorado doido que manteve refém a ex-namorada por 5 dia, ou 100 hs, ou simplesmente MUITO tempo. 

Quando li essa manhã que a polícia mandou uma vítima de volta pra dentro do cativeiro eu JURO que achei que o texto da Folha estava errado! Eu li, ignorei, continuei lendo, e quando fui comentar do caso com outra pessoa do trabalho que mencionou o lance de mandarem a amiga de volta fiquei pasma. Tem coisas nessa vida que são clara, obvia, evidente, pura e simplesmente as idéias mais cretinas que uma pessoa pode ter, no entanto o que sempre me impressiona não é que UMA pessoa tenha uma idéia cretina demais pra ser concebida, mas que outras ao redor dela efetivamente concordem com a idéia cretina, e a coloquem em prática. Pra mim não sobra um puto dos que estavam lá que não deveria ser demitido, e se bobear mandado pra cadeia por expor uma inocente a uma situação de risco, além de pura e simples incompetência. 

Claro, se o insano que já está trancado lá faz 4 dias PROMETEU que não vai fazer a amiga refém novamente por que NÃO acreditar nele? Certo?

Tipo, é a idéia mais genial do mundo mandar uma menina de 15 anos de volta pra uma situação dessas, pra negociar com um louco. Quem faz uma merda dessa? Quem entrega mais material pra barganha, ou mais vítimas pra um doido? Não é questão de treinamento isso é bom-senso, do tipo mais BÁSICO que existe.

Nós temos uma estrutura tão precária assim que não temos um atirador de longa distância pra um caso como esse? Um negociador profissional? Uma equipe de invasão decente em TODO o Brasil pra entrar num ap, e sair com as vítimas ilesas, e o criminoso preso?

Esse doido deu até entrevista pra imprensa! Eles tiveram mais do que uma chance de dar um tiro certo no meio das idéias do infeliz e acabar com o circo. Não que essa seja minha preferência pra resolver situações como essas, mas todo mundo sabe que negociar, ou invadir eram coisas muito mais complicadas, ou arriscadas (nessa ordem), sendo assim, na falta de uma competência, utiliza-se da outra. Entretanto, aparentemente, não possuímos nenhuma.

Eu, desde o segundo dia, achei que isso ia acabar em assassinato-suicídio, ou numa ação deplorável por parte da polícia onde o doido acaba misteriosamente morto no caminho pra delegacia, e as vítimas mortas no meio da "operação". Nesse caso é até triste estar certa, pode ter sido só em 50% da minha 2ª possibilidade, mas foram os piores 50% imagináveis.

Nesse país você só conta com Deus (se acreditar), ou com a sorte (idem). Como eu não conto com nenhum dos dois, e sim com os fatos, se eu fosse essa menina tinha tentado minha sorte por conta própria desde o início... Morta por morta poderiam ter sido 5 dias a menos de sabe-se lá qual tipo de tratamento/tortura.

É assustador.

Minha pequena idosinha

A Fabi está doente, bastante. Ela já tem 15 anos indo pros 16. Desde abril estou tomando decisões dificeis, chegou no ponto onde você começa a ter que avaliar até onde ir, até onde perturbar, até onde exames, e visitas ao veterinário só pioram o resto do tempo que eu vou ter aqui com ela, mais triste que isso, como eu vou sentar e assistir ela morrer?


Que horas eu vou ter que dar um basta? 

Como alguém decide isso?

Alguém poderia dizer que eu devia estar preparada, mas não existe como se preparar pra isso. O sentimento de culpa é tão grande, será que minha decisão vai ser por ela ou por mim? Por que eu não aguento mais ver ela quase ir. Cada momento a mais é uma benção, mas cada susto quase me leva junto, eu acho que eu precisava ser mais forte, mais decidida, ou alguma coisa que eu não sou. Eu queria não chorar tanto, e aproveitar ela aqui comigo mais, mas eu não quero desistir dela, fazer isso me parece me conformar que ela está indo, e eu não quero que ela vá, mas quando é a hora de assumir que é uma luta perdida? Eu não sei perder batalhas, eu não sei desistir ou não ter controle. Tudo isso normalmente já é terrível, quando se trata da vida de uma das coisinhas mais linda do mundo fica tão absolutamente impossível tomar decisões, todas elas soam erradas. 

Meu coração está destruído, parece que passaram ele por um moedor de carne. Eu sei que eu tenho mais um tempo de dor, e aflição imediatos pra enfrentar, meu problema é: como aguentar?

Minha cabeça dói de tanto que eu choro.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Reticências

Eu amo o cheiro de chuva.


Eu acho que eu ando me sentindo muito sozinha, é estranho me sentir assim tão sozinha...

sábado, 11 de outubro de 2008

Jogando Rock Band

Eu: Se vocês não brincarem direito eu vou enfiar esse microfone em lugares que vocês nunca imaginaram que ele seria capaz de entar!
Pessoa: Você dá medo!
Eu: É uma característica inerente à minha personalidade. Agora pega essa guitarra, e brinca direito!

(tá mais pra diálogo, mas a categoria serve)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Grey's Anatomy

Estou vendo uma reprise enquanto espero pra ir pro Krav Magá, e me lembrei dos dois diálogos que eu mais gosto desse seriado:


MEREDITH: "I never should have told you about George."
DEREK: "No, its fine. I'm glad I know about him, and the vet. You really get around."
MEREDITH: "What did you just say to me?"
DEREK: "It's unforgivable."
MEREDITH: "I don't remember ever asking you to forgive me."
DEREK: "So, was the knitting a phase? Who's next? Alex? I hear he likes to sleep around too. You two have that in common."
MEREDITH: "You don't get to call me a whore. When I met you, I thought I had found the person that I was going to spend the rest of my life with. I was done! All the boys and all the bars and all the obvious daddy issues, who cares? I was done. You left me. You chose Addison. I'm all glued back together now. I make no apologies for how I chose to repair what you broke. You don't get to call me a whore."
DEREK: "This thing with us is finished. It's over."
MEREDITH: "Finally."
DEREK: "Yeah, it's done."
MEREDITH: "It is done."


MEREDITH: "Tell me something."
CRISTINA: "What?"
MEREDITH: "Cristina. I have my hand on a bomb, I’m freaking out, and most importantly, I really have to pee. Just please tell me anything."
CRISTINA: "He told me he loved me. Last night. He thought I was sleeping, but I heard him say it."
MEREDITH: "Burke loves you."
CRISTINA: [to Dylan] "Mind your own business."
MEREDITH: "He loves you!"
CRISTINA: "Yeah. everybody has problems."
MEREDITH: "Well are you gonna say it back?"
CRISTINA: "Of course not! He didn’t say it to me, he said it to sleeping me! Reciprocity is not required. Besides, he might blow up."
MEREDITH: "Excellent point."

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Hugh Laurie (1x22 - Honeymoon)

Acabei de ver outra reprise de House. A de ontem (que conta o que aconteceu com a perna dele), e a de hoje, na qual o vemos interagindo com a Stacy, mulher com quem ele estava casado na época do incidente são muitos diferentes dos demais. Eu particularmente não gosto do "arco" da Stacy, embora ele nos diga muito sobre o House, em especial sobre como ele é capaz de amar, algo que você claramente sente o episódio inteiro, e a Cameron explicita no final.

No caso, eu diria que o crédito do Hugh Laurie é imensurável. Ele fez o House efetivamente demonstrar amor, mas de um jeito completamente apropriado pro personagem. Olhares, conversas, não as besteiras de meninos de 8 anos de idade que ele faz, e sempre vai continuar fazendo, mas com ela tem as poucas conversas adultas não médicas de toda a vida da série. Os dois em função de tudo o que aconteceu, e de como as coisas terminaram não tiveram uma conclusão, eles obviamente se amam muito, aquele amor que não te deixa, te acompanha pra sempre como uma sombra, mas que você sabe que só te faz mal, o tipo mais doido, e consistentemente, o que mais te toca. Foi a única vez que você vê o House, desejando permanecer num abraço, tocar, e ser tocado. Ele demonstra tudo isso de uma forma retraída, o que eu acho que é tremendamente condizente. Os dois sabem, e conversam à respeito da história inacabada deles um com o outro, e o House com o Wilson. Poderia se dizer que não sobra espaço pra sutilezas, mas o Hugh Laurie consegue, ele consegue fazer um homem duro, ácido, sarcástico, maldoso, infantil, e cruel em um único olhar transmitir a tristeza do que perdeu, e o amor do que quer de volta. O abraço final, quando ele mantém os olhos fechado enquanto ela se afasta, aquele momento onde parece que você quer guardar a sensação, ou de alguma forma prolongá-la, sentir o cheiro, o calor do corpo da outra pessoa, é tudo tão não House. 

É um dos poucos episódios onde seu coração dói por ele, ao mesmo tempo que ela distribui umas verdades pra ele, de uma forma que obviamente ninguém mais pode ou consegue (fazendo com que você também sinta que ele merece estar sozinho, sem ela). A Stacy fez o que achava que devia fazer pra salvar a vida dele quando ele teve o infarto dos músculos da perna. O House manteve a perna, mas ficou mancando, e nunca perdoou ela pela decisão que foi tomada à revelia do desejo dele de tentar uma recuperação completa. Uma opção teimosa, e perigosa que o estava matando, mas que mais uma vez faz sentido, ou pelo menos, loucamente, pra mim faz. Eu também, se tivesse que escolher, iria aos extremos pra me manter completa, e me conecto com essa incapacidade de aceitar o que aconteceu (embora todos digam que a personalidade dele antes e depois do incidente é a mesma). A única constante pra mim, é que desde a primeira vez que vi  esses episódios, eu achei tão errado a atitude da Stacy de ir contra o desejo, tanto do House quanto do marido, de não optar pelo tratamento (que ela acaba forçando a ambos). Pra mim, é uma opção da pessoa, morrer ao invés de amputar uma perna, por exemplo. Afinal de contas, o único que realmente vai viver com as consequências disso é quem vai ter um membro amputado, não importa quão irracional soe, é uma escolha individual, e deveria ser intransferível. A única coisa engraçada de tudo isso é ela jogando na cara do House que ele só ficou puto com ela, pq ela fez com ele, o que ele faz com todo mundo (há de se apreciar a ironia).

Dois "diálogos":


Dr. Allison Cameron: [to House] I thought you were too screwed up to love anyone... I was wrong. You just couldn't love me. That's good. I'm happy for you. 


Dr. Gregory House: I am respecting your husband's decision. I don't see why you got a problem with that. 
Stacy Warner: Because it's crap! Because you browbeat patients, intimidate them, lie to them! If you think you're right, you don't give a damn what they think! I did what you do all the time. The only difference is, I did it to you. 


Ah, o episódio termina com Rolling Stones ao fundo com You can't always get what you want, muito bonito.

Krav Magá

Começar a fazer isso foi a melhor idéia que eu tive em séculos. Eu saio de lá podre de acabada, e suada o que significa que eu chego em casa, e milagre dos milagres durmo BEM. Eu não tenho insônia no sentido clássico, mas eu durmo muito na sala, vendo TV, acordo no meio da noite, ou acordo às 4:00 só conseguindo voltar a dormir uma hora depois o que não me serve de muita coisa pq eu já vou ter que levantar (em 30 mins ou 1 hora, o que às vezes me leva a desistir de voltar a dormir), e esse dorme, acorda produz um sono de qualidade escrota, o que me deixa o dia inteiro mal.


Fora isso, pra mim aquilo é über lúdico (variar o vocabulário :). Toda vez que o professor menciona o "agressor" eu dou uma risadinha por dentro (mais nas duas primeiras aulas), pra mim parece um pouco como jogar RPG, fingir que eu estou lutando, entrar num personagem. Dessa última vez eu me defendia de um estrangulamento, sendo que a última vez que eu entrei numa briga física foi quando eu tinha 12 anos, então a idéia de alguém me estrangulando soa engraçada. Usar a "faca da mão", pra acertar o pescoço do seu "agressor" quando ele está na posição x ou y, soa tudo meio "make believe", apesar de SP efetivamente ser uma cidade perigosa.

O mais legal, é que pelo jeito com o tempo a gente começa a se pegar com mais intensidade (os alunos mais experientes estavam numa aula se acertando com luvas de boxe!), lutando mesmo (o pessoal já disse que aula de estrangulamento todo mundo sai de pescoço roxo), e as partes que eu mais gosto são as que mais parecem com lutinhas. Nessa última aula, em duplas, quase que como numa coreografia, íamos "acertando" o pescoço do parceiro, e foi bem legal reparar como eu me concentrei no golpe, e como eu me estimulo em ir por que vou aprender algo novo, um golpe novo! Estou me sentindo A ninja, e fora que é mais um ambiente pra ser paparicada. Sou a única mulher da turma :) Aliás, um deles me acertou sem querer nas costelas (não doeu), mas ele ficou assustado (como eu ficaria). Lá dá um pouco de medo mesmo de errar, e sem querer acertar alguém, por que as poucas vezes que o professor pediu pra que eu o acertasse (foram BEM poucas), eu percebi que estava batendo com BEM mais força do que eu imaginava, sendo que numa delas foi sem querer...

Eu sei que eu acho que já até me acalmou, é uma coisa agressiva, diferente das outras que eu tentei em tantos anos, mais apropriada pra minha personalidade hiperativa. Ah, e eu descobri que minha capacidade animal de alongamento proporciona chutes altos! hehehehehe